Dados foram informados pela ABECIP em coletiva de imprensa realizada ontem.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) informou, em coletiva de imprensa realizada ontem, 24/07/2024, que os financiamentos imobiliários cresceram 30% neste primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2023, superando as expectativas.
Devido a este desempenho, a Associação revisou suas projeções e se mostrou mais otimista em relação aos financiamentos imobiliários. Os dados apresentados referem-se aos financiamentos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e pelo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O Presidente da Associação, Sandro Gamba, enfatizou o vigor do crédito imobiliário. De acordo com as informações da ABECIP, somente com o SBPE, os financiamentos imobiliários somaram R$ 82,1 bilhões no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 7% em relação ao primeiro semestre de 2023. Já no caso do FGTS, os valores atingiram o total de R$ 67,2 bilhões, com uma alta de 75%, refletindo as medidas para retomada e dinamização do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Pelas novas projeções, “o volume total dos empréstimos (SBPE mais FGTS), deverá atingir cerca de R$ 270 bilhões para 2024, alta de 7,8% sobre o aplicado em 2023.”
Outros destaques de 2024
Os dados apresentados na coletiva de imprensa também demostraram a relevância do Crédito com Garantia de Imóvel (CGI), além da Letra Imobiliária Garantida (LIG) e da Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Segundo a Associação, “o volume de concessões de Crédito com Garantia de Imóvel, também conhecido como Home Equity, expandiu 45% na comparação dos primeiros semestres de 2023 e 2024, confirmando a tendência de crescimento dessa modalidade como opção de empréstimo com juros e prazos competitivos para quem busca recursos de uso livre.”
Em relação à LIG e à LCI, a ABECIP destacou que outras fontes de recurso para o crédito imobiliário também tiveram crescimento relevante. Sandro Gamba destacou que “a LIG, por exemplo, com saldo de R$ 117 bilhões em junho de 2024, mostrou crescimento de 13% comparado a junho do ano passado, e a LCI, com saldo de R$ 363 bilhões, registrou aumento de 20%” Entretanto, Gamba ressaltou que, após a edição da Resolução CMN n. 5.119/2024, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as LCIs e LIGs tiveram reduções importantes das emissões, o que devem reduzir suas participações no conjunto de fontes de recursos para o crédito imobiliário.
Assista a coletiva de imprensa:
Mais dados podem ser obtidos no Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança.