Parceria com Google, unificação de sistemas e meta ambiciosa: os projetos que colocam o Brasil na vanguarda do Registro de Imóveis
Em reunião estratégica realizada na sede do Operador Nacional do Registro Eletrônico de Imóveis (ONR) em Brasília (DF) no último dia 19 de março, a diretoria do Operador apresentou ao Agente Regulador da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) os trabalhos realizados pelo órgão e os avanços tecnológicos do setor, com destaque para a implantação da IARI (Inteligência Artificial do Registro de Imóveis), desenvolvida em parceria com o Google, e a meta de garantir que todos as unidades do país cumpram as determinações do CNJ até 25 de maio de 2025.
“Era fundamental conhecermos a fundo o órgão que fiscalizamos — no caso, o ONR. Pudemos verificar as ações já realizadas, as que estão em andamento e as planejadas para o futuro, o que fortalece nosso papel legal de normatizar e fiscalizar os Operadores Nacionais no Brasil”, afirmou o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Fernando Chemin Cury, representante da gestão do ministro Mauro Campbell Marques.
Conduzido pelo presidente Juan Pablo Corrêa Gossweiler, a apresentação detalhou os três pilares estratégicos que norteiam a atuação do ONR. O primeiro deles é a integração digital das garantias de registro, iniciativa que busca unificar sistemas e eliminar barreiras entre as diferentes instituições do mercado imobiliário e dos entes públicos. “Estamos construindo uma base sólida que servirá de alicerce para políticas públicas e o desenvolvimento econômico do país”, afirmou Gossweiler durante o encontro.
O segundo pilar apresentado foi o desenvolvimento do Núcleo SREI (Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis), que consolida o registro digital como padrão em todo território nacional. Já o terceiro eixo estratégico trata da melhoria contínua das plataformas tecnológicas, com destaque para o lançamento da IARI – Inteligência Artificial do Registro de Imóveis.
Desenvolvida em parceria com o Google, a IARI representa um salto tecnológico para o setor. A ferramenta realiza leitura automatizada de matrículas, transformando-as em texto estruturado e extraindo os Indicadores Real e Pessoal exigidos pelo Provimento 143 do CNJ. “Esta solução vem para apoiar concretamente os cartórios no cumprimento dos prazos regulatórios”, explicou Fernando Nascimento, vice-presidente do ONR.
O projeto, que teve início em outubro de 2024, passou por uma fase piloto bem-sucedida em 14 unidades antes de ser disponibilizado para todos os Registros de Imóveisdo país. A meta é garantir que até 25 de maio de 2025 todas as unidades possam cumprir as determinações do CNJ. Além disso, o ONR já planeja expandir as funcionalidades da IARI, incluindo a extração de dados sobre a situação jurídica dos imóveis.
Durante o encontro, Gossweiler enfatizou o papel fundamental dos registradores de imóveis neste processo de transformação. “Cada profissional que adota essas ferramentas está contribuindo para um Brasil mais ágil, transparente e preparado para os desafios do futuro”, destacou o presidente, agradecendo o comprometimento desses agentes essenciais no processo.
A reunião reforçou o posicionamento do ONR como articulador entre inovação tecnológica e regulamentação no setor. Com investimentos contínuos em tecnologia e uma visão clara de futuro, a entidade consolida seu papel na construção de um sistema mais eficiente, seguro e acessível para toda a sociedade brasileira.
Os próximos passos incluem a ampliação das funcionalidades da IARI e o fortalecimento da integração entre os diversos atores do sistema, sempre com o objetivo de oferecer serviços cada vez mais qualificados à população e aos profissionais do setor. “Não estamos apenas desenvolvendo ferramentas, mas construindo um novo patamar de excelência para todo o sistema de Registro de Imóveis brasileiro”, concluiu Gossweiler.
Por Luana Lopes
Assessoria de Comunicação do ONR
