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Registro de Imóveis entrega 300 títulos de propriedade em ação do Solo Seguro no RJ

Iniciativa da Corregedoria Nacional de Justiça com apoio do ONR, visa promover semana de ações em prol da regularização imobiliária em todo o país

Foi dada a largada para a 2ª edição do Solo Seguro, programa voltado a fomentar ações sociais, urbanísticas, jurídicas e ambientais relativas à Regularização Fundiária Urbana – Reurb em todo o Brasil e que mobilizará registradores de imóveis em todo o Brasil.

Nesta quarta-feira (29.05), o diretor de Educação e Conhecimento do ONR, Alexis M. Cavichini, oficial do 4º Registro de Imóveis do Rio de Janeiro, participou da entrega de 300 títulos de propriedade a moradores das comunidades do Conjunto Estrada do Maguariba e do Conjunto Habitacional Octacílio Camará – Cesarão, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade.

Essenciais para garantir o direito de propriedade no país, atestar a validade e garantir a proteção dos direitos dos cidadãos, caberá aos registradores imobiliários verificar a documentação apresentada pelos proprietários dos imóveis, certificar a legalidade da posse e registrar o título. 

“Agora, diferente dos programas habitacionais anteriores, está sendo dado o direito de propriedade, e não apenas de posse. Então se a pessoa quiser vender, deixar em testamento, dar o imóvel como garantia para conseguir um financiamento em banco, com o direito e título de propriedade será possível fazer tudo isso”, disse Alexis Cavichini, ao destacar a importância do programa Solo Seguro Favela.

A solenidade de entrega contou com as presenças do ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, e do governador do Estado, Cláudio Castro, da conselheira do CNJ Daniela Madeira, da 2ª vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), desembargadora Suely Lopes, das juízas e juízes auxiliares da corregedoria nacional Liz Rezende, Roberta Ferme e Weiss Weber. 

“Quando entregamos um título de propriedade, estamos entregando efetivamente um pedaço de cidadania para aquela família. É muito gratificante vermos que pessoas que esperam há 30, 40 anos estão recebendo esses títulos de propriedade. Através dessas políticas o Poder Judiciário pode mudar o mundo que está a nossa volta”, disse Salomão durante a solenidade.

“Esperei ter esse papel, esse registro, por mais de 40 anos. É um sonho realizado, estou muito feliz!”, disse, emocionado, Zilton Gonçalves, morador da região metropolitana do Rio de Janeiro ao receber o título de propriedade de sua moradia no bairro de Santa Cruz. Cristiane Teixeira, outra beneficiada com a entrega do título disse que esperava há anos por este momento. “É muito significativo ter o título porque ele é uma garantia da minha casa, do meu futuro”, confirmou a carioca que não conseguia conter a alegria do momento. 

Segundo a juíza-auxiliar da corregedoria nacional de Justiça Liz Rezende, “o papel do CNJ e da corregedoria é de promover uma articulação nacional para que os atores que estão na ponta possam fazer seu trabalho de forma segura e efetiva, garantindo a moradia digna e segura a inúmeras pessoas por todo o país”. A iniciativa, que teve sua primeira edição em 2023, também no Rio de Janeiro, na favela do Alemão, pretende atender mais de 50 municípios em todo o país ao longo da próxima semana, de 3 a 7 de junho, com expectativa de entrega de milhares de títulos de propriedade.

“Quando a gente começou esse projeto de regularização fundiária aqui no Rio, a ideia era essa mesma, de devolver a dignidade. Quem é pai e mãe aqui sabe, o que a gente quer deixar para os nossos filhos é saber que estamos deixando um lugar digno para eles morarem. Quem hoje recebe esse título tem reconhecido aquele patrimônio construído a custo de tanto esforço e suor, como seu, e que ninguém pode tirar”, concluiu Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro.

Regulamentado pelo Provimento nº 158/23, o Programa Permanente de Regularização Fundiária Plena de Núcleos Urbanos Informais e Favelas pretende assegurar direitos sociais e econômicos, como inclusão social, segurança jurídica, desenvolvimento econômico e preservação ambiental. “Ter essa versão do Programa para atingir comunidades carentes e as favelas, é muito importante. Esse esforço dos registradores e do Poder Judiciário é muito gratificante e gera resultados”, completou Luis Felipe Salomão.

A entrega foi possível por conta da articulação da corregedoria nacional de Justiça junto às associações de cartórios, secretarias estadual e municipal de habitação, que serviu como catalisadora para o processamento dos dados necessários para a emissão e garantia desses títulos de propriedade.

Com informações do CNJ

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