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ONR avança na implementação da Segurança Cibernética para o Registro de Imóveis do Brasil

Entidade desenvolve um plano estratégico voltado à segurança da informação ao mesmo tempo em que investe em soluções disruptivas para a integridade dos acervos imobiliários

Casos recentes, como a catástrofe ambiental que afetou o Estado do Rio Grande do Sul, e o apagão cibernético mundial que derrubou serviços essenciais em diversos países, resultando em sérios transtornos para milhões de pessoas, são os exemplos mais atuais de uma das principais preocupações das organizações na atualidade: a segurança cibernética.

No ambiente dos registros públicos, particularmente no tocante ao Registro de Imóveis brasileiro, a prevenção relacionada à segurança dos dados tem sido constante e é considerada um dos pilares estratégicos da atuação do Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR). Nesta seara, o Órgão tem atuado em duas frentes primordiais: a implementação de um plano de Segurança da Informação, que inclui o aprimoramento constante de suas certificações de segurança, e o investimento em tecnologias disruptivas, como a plataforma Next Coud SAS – Serventia Avançada Segregada.

Para implementar este rigoroso plano de proteção cibernética, o ONR implantou um rigoroso método de avaliação de maturidade de segurança, baseado no framework internacional NIST (National Institute of Standards and Technology). Por meio dela, foi desenvolvido um plano diretor de Segurança da Informação para guiar a Organização por um período de três anos. A medida inclui a criação de um setor específico para proteção dos dados e sistemas, além da implementação de tecnologias estratégicas para melhorar e assegurar a prestação dos serviços registrais imobiliários.

Um dos principais focos do ONR tem sido o hardening (blindagem) de seus sistemas, que busca proteger os ambientes tecnológicos contra ameaças e reduzir vulnerabilidades. Essa medida inclui o investimento em camadas, uma medida que busca blindar os ambientes tecnológicos contra ameaças.

Leandro Doreto, superintendente de Segurança Cibernética do ONR compara a segurança cibernética a uma casa bem protegida: “Você tem a rua iluminada, o muro com portão e fechadura, cerca elétrica, câmeras e monitoramento. Este modelo de segurança em camadas visa reduzir a probabilidade de penetração não autorizada nos sistemas do ONR”.

O ONR também investiu em ferramentas como o EDR (Endpoint Detection and Response) e medidas de proteção para as credenciais administrativas, prevenindo a entrada de malwares que possam comprometer a integridade dos dados disponibilizados pelas serventias.

A criação de um time de resposta a incidentes, disponível 24 horas, também foi uma inovação importante para o registro eletrônico de imóveis brasileiro. “Este grupo é responsável por detectar e reagir rapidamente a qualquer anomalia ou potenciais ataques. Nosso trabalho é detectar, verificar e reagir”, enfatiza Doreto.

Além de ações para proteger as informações das serventias, o Operador promove orientações de boas práticas e treinamentos internos para que os funcionários também estejam à salvo de ataques de vírus informáticos, proporcionando ainda mais segurança às informações que estão nos sistemas da entidade.

Todas essas medidas para proteger a operação do Registro de Imóveis brasileiro, resultaram na conquista de duas certificações a ISO 27001, que reconhece empresas líderes na implementação de um sistema de gestão para a Segurança da Informação, e a ISO 27700, que reconhece a atuação em Proteção de Dados.

Doreto destaca ainda que a segurança cibernética no ONR está em constante evolução, com investimentos contínuos para fortalecer suas defesas e proteger os dados críticos dos registros públicos brasileiros, de forma que o Operador segue em busca de novas certificações que reconheçam um ambiente digital cada vez mais seguro. “O compromisso da organização em adotar tecnologias de ponta e estratégias proativas é fundamental para garantir a integridade e a segurança das informações em um mundo digital cada vez mais desafiador”, completa.

Leandro Doreto, superintendente de Segurança Cibernética do ONR

Next Cloud e Segurança dedicada – O desenvolvimento de uma plataforma disruptiva, que permite o armazenamento de dados críticos em nuvem, mas de forma isolada é a base de um dos mais relevantes projetos do ONR na área de Segurança da Informação, o Next Cloud SAS – Serventia Avançada Segregada.

A plataforma, que não substitui os requisitos legais de backup, atua como uma camada adicional de segurança para os Registros de Imóveis armazenarem dados sensíveis, em um ambiente completamente dedicado, isolado e exclusivo para sincronização e acomodação dos dados de cada serventia participante, garantindo a individualização dos acervos e a capilaridade das bases de dados, que permanecem exclusivas dentro do ambiente em nuvem de cada unidade.

Desenvolvido por técnicos do ONR, o Next Cloud veio para substituir o Banco de Dados Light (BDL) e o backup de imagens das matrículas (TBOX). Constituído em parceria com o provedor Google Cloud Platform (GCP) e hospedado em território nacional, é um importante aliado para os Registros de Imóveis que não possuem um webservice próprio. “O sistema possui uma alta segurança por ser desenvolvido com várias camadas de proteção. Os dados são criptografados tanto na recepção quanto no armazenamento, e o acesso é controlado por credenciais exclusivas, reforçando a segurança e a propriedade dos dados”, explica Reinaldo Agostinho Júnior, consultor do ONR.

Reinaldo Agostinho Júnior, consultor do ONR

A solução atende, perfeitamente, ao preceito do artigo 30, inciso XII, da Lei nº 8.935/1994, pois prevê a facilitação de acesso à documentação existente nas serventias, às pessoas legalmente habilitadas, porém, de forma controlada, preservando, a integridade do acervo das serventias, que fica sob o controle do respectivo Registro de Imóveis. Além disso, trata-se de um serviço de armazenamento de dados que oferece disponibilidade, estabilidade, performance, escalabilidade, economia de custos e muito mais.

Para o consultor, a chave do sucesso contínuo do NextCloud é a evolução constante e o acompanhamento das novas tecnologias. “Nós não podemos parar. Temos sempre que avançar. O NextCloud precisa continuar recebendo melhorias e atualizações para se manter útil e seguro”, destaca Agostinho, que, no entanto, faz um alerta. “É crucial que os Cartórios cumpram com a legislação para garantir a continuidade dos serviços em caso de emergências”.

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